sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ai vale?

Pedro Ribeiro ... OBRIGADO!

Duas vezes!
Por me trazeres de volta uma expressão que fez parte da minha infância!
Pelo bem que escreves!

http://aivalebujas.blogspot.pt/

sexta-feira, 19 de abril de 2013

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

livros ...


Recebo das mãos do autor, Ronald Reng, o seu livro ' ROBERT ENKE , Uma vida curta demais '.
Depois de uma troca de palavras, ofereci-lhe o Manolo.
Que goste tanto da minha história, como SEI que irei gostar das suas palavras em torno da vida de um Atleta que nunca esquecerei.
Obrigado Ronald Reng.
Obrigado Robert Enke.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Era ... perdão , é uma vez !






Era uma vez um Tigre. Mas este Tigre era um pouquinho diferente.
Primeiro porque se pronunciava com um ' T ' grande. Aliás, um ' T ' enorme, assim tipo um ' T ' rei da selva.
Depois, bem depois por muitas outras coisas mais.
A começar porque era nosso. E é nosso ainda. E Tigres assim são raros, senão únicos.
De seguida porque não era um tigre que se ficasse pelas selvas ou pelas neves, não era de liberdade assim geograficamente enjaulada. Era um Tigre, pasme-se, voador. Mas voador mesmo. Voava para todos os lados e em todos os lados ficava. Este tigre era esquisito, habitava em muitos sítios e terras e no coração de tantos, de tantos e muitos amigos a quem oferecia um sorriso sereno e matreiro. Ah .. e sábio, ao mesmo tempo.
Se eu vos dissesse que este tigre mostrava cartões amarelos e encarnados, alguns irão achar que eu sou maluco. Ou que este Tigre era maluco. E foi no entanto essa a primeira lição que aprendi com esta fera de amor. Que com cartões assim, se resolviam coisas assado. A rir. A sorrir.
Este Tigre tinha um carrapito. Se não foi o primeiro tigre no mundo a ter um carrapito, então eu não percebo nada de tigres. Para mim foi ele. O primeiro. Nos carrapitos e nos cartões. No sorriso que deixava sempre. Antes de ir embora, para voltar mais tarde, porque esta era a vida deste Tigre voador. Ir e voltar.
Agora lembro-me da última vez que me cruzei com ele. E do sorriso que me deixou até ao reencontro.
O bom de Tigres assim é que sabemos que podemos sempre contar com eles. Guardá-los, porque são nossos.
Que bom ter um Tigre assim.
Vou guardá-lo junto ao sorriso do meu Dustin Hoffman aviador e a outro sorriso cuja vida me deu a  Fortuna de ter e guardar.
Era uma vez um Tigre.
Perdão ...
É uma vez um Tigre!

terça-feira, 22 de maio de 2012

privilégios e ... outras coisas



Na sequência do episódio que marca estes dias em que corre a minha vida,  ' o intrínseco manolo ',  dei por mim a equacionar os diferentes personagens que giram em torno da aventura que é um livro. Qualquer livro. Todo o livro.

E encontro quatro, pelo menos quatro, a quem cabem alguns privilégios, a quem não se pode deixar de pedir que atentem noutros ' quês ' também: o autor, a editora, o livreiro e o leitor.

Se o autor tem o privilégio de ser o primeiro a desbravar, em sua ciência ou imaginação, aquilo que será o corpo e alma do livro, tem também o papel de entender que é apenas um mais, no fantástico e infinito mundo por onde as letras e as palavras criam os laços e labirintos onde gravitam ideias, teorias e imaginações. Se cria, se transpõe, se conclui, também pode lembrar-se que, sentado noutra cadeira, estará quem absorva a criação, entenda a transposição, aceite ou não a conclusão. Para um privilégio fantástico, questões apenas lúcidas. Assim me parece.
A Editora, esse complexo e apaixonante mundo. Começa por ali a verdadeira caminhada daquilo que era apenas, e até então, algo íntimo. E que sedutor privilégio este de, em primeiro lugar, tomar o pulso do ritmo trazido numa história de palavras, num somatório de ideias e laços, num código de coisas sentidas. E que outras coisas ' de pensar ' mais? O de não abdicar de levar ao destino, o destino por onde se move e que é nem mais nem menos que o mundo do lado de lá, do outro lado da ponte que é a editora ela mesma, a outra margem, onde quem acolhe espera as novas que sabe desejar, adivinhar, pedir, ler e respirar. Para o privilégio de tornar universal palavras e momentos de inspirada solidão, a coragem e vontade da entrega a um papel que, não sendo de ribalta, carrega a responsabilidade de um parto e a fé no destino que espera um livro.
O Livreiro. Esse sortudo e desprotegido. Que melhor local para trabalhar do que cercado por todas as ideias do mundo, todos os gritos e desabafos, épicas contendas, tratados, de todos os povos, culturas e civilizações, de finais dramáticos ou apenas de vida? O local do tesouro mais acessível e democratizado? Talvez que aqui a questão da expectativa se deva transformar em simultâneo num pedido. Que não desista. Não desista nunca de batalhar a sobrevivência, por entre um mundo tão fugidio quanto é o de um povo que tantas vezes esquece esta dádiva de um livro à distância do querer.
Por fim o Leitor. E porque os últimos são os primeiros.
Privilégio? A solidão e quietude de um momento, cheio pela liberdade de viajar nas palavras de alguém que, algures no tempo e longe dali, quis abrir e dividir o âmago de uma história. A liberdade de gostar e não gostar, de abrir ou fechar um livro, de manusear, soltando ou encerrando, o voo ordenado ou desordenado de palavras que aprenderam a voar. E a ele, Leitor, se pede apenas que leia, leia e leia. Porque sem ele não há livros, sem livros não há ideias, sem ideias não há pessoas e sem pessoas não há vida.

Para a liberdade máxima, um esforço mínimo: manter a vida bem viva!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

os três porquinhões

São talvez três das primeiras figuras que entram na nossa infância adentro. O diminutivo atira-nos de imediato para uma coisa querida. E a história, essa leva-nos a um mundo onde o lobo ( que, bem vistas as coisas, é afinal e também um animal fofinho na sua versão bébé ), onde o lobo, dizíamos, é coisa a evitar. Os três manos porquinhos reflectem cada qual sua característica: um é brincalhão, outro preguiçoso e o terceiro é prático e avisado. Com tanta historinha, guardamos os bichos no nosso imaginário e apenas os traímos quando, na idade adulta, aviamos um leitão na Bairrada, a caminho de um qualquer jogo do Glorioso no norte.
A parte II de toda esta aventura, surge em idade mais avançada na nossa vida. A fim de evitar a repetição de diminutivos, com o objectivo paralelo de criar impacto na vida de todos nós, que levámos com estes três queriduchos em simultâneo com o Sindbad e o Tintin, a todos tendo guardado espaço e lembrança por igual, deus resolve fazer uma reposição da série, porque deus é tudo, é poderoso, e pode bem copiar o AXN e a FOX, só que desta vez deixa de parte queridezas e subtilezas e apresenta o fenómeno em seu tamanho natural. E nós, meio atordoados, relembramos a saga e de novo abrimos as portas ao reino da porcaria.
Aos quase cinquenta anos, posso dar-me por realizado, quase feliz, por ter já reencontrado os bicharocos de infância. Três porcos, três verdadeiros porcos de alma e espírito, três porcões em toda a sua plenitude. Um veio vestido de pobre anormal abandonado, comeu do meu prato e foi-se andando com coisinha roubada, gaguejando ( literalmente ) escusas esfarrapadas para o flagrante em que se deixou apanhar. O segundo, pois esse veio com ar de símio e tiques de gorila gritador, um cobardolas escondido em tromba de menino mau, um valentaço a arrear nos fracos ( e fracas, e fracas ! ) um valentaço na escuridão dos corredores e labirintos escondidos onde se elevam os cagarolas acagaçados. Este passou-me ao lado , apenas gastando o meu nome em suas aleivosias. O terceiro ... bem o terceiro chegou mais tarde mas ainda assim não perdeu pela demora. Um pobre nanico armado em gente de bem, um anão de sapatinho italiano, um bandideco de terra de abrunhos e com alguma verborreia. O típico anormal que numa marina sonha em ser dono do iate e afinal tem entranhada a viscosidade do lodo.
Admitindo que a entidade divina reguladora das reposições dos filmes de infância saiba manter ao menos em número igual a quantidade de personagens, tenho já a minha conta de porquinhos e porcões.
E, querendo ser justo, todos cumpriram o seu papel. Os leitõezinhos da minha meninice e os porcos feitos gente em fase mais adulta. Em ambos a natureza revelou a sua grandeza e omnipotência. Histórias mágicas de BD vs Filmes de vomitar. Os jardins vs As poças de merda e outros esgotos.
Saibamos regar uns e evitar pisar os outros.
Porque ser feliz ... é fácil.