segunda-feira, 28 de junho de 2010

dois projectos ....


PROJECTO 1

Vou organizar uma tertúlia em torno de dois romances, publicados pelo autor Orlando Pinto.
Tomei conhecimento destes livros ao entrar na sua mercearia com a missão de comprar uma ' mini ' para o ladrilhador a quem eu estava a dar serventia na obra em casa do Pipa.
É assim a vida, traz-nos momentos bons, encapotados em manhãs de trabalho e calor.
A tertúlia irá decorrer na própria mercearia, pelo que não poderá ser muito elevado o número de participantes. A ideia é falar, falar, falar ... sobre os livros e o tema abordado, Moçambique nos idos anos 50/60 ... as suas tradições, as vivências de quem ido da Metrópole por lá andou.
Li e gostei ... do modo franco e genuíno, por vezes ' naif ' da escrita do Orlando, da sua preocupação com um relato que verdadeiramente nos transporte para ' lá ' , mais do que adequar em escrita o que apenas se vive numa África que muitos nunca conhecerão ou compreenderão.
O interesse desse final de tarde em Setembro, onde iremos ' viver ' com o autor aquilo que nos deu a ler, implica como é óbvio a leitura dos livros por parte de quem quiser estar por entre palavras, queijos e um bom vinho tinto!
São dois os romances e adquiri-los na mercearia faz parte do charme deles próprios. Onde ?
Aqui !
Mais tarde .. lá para meados de Setembro, uma vez que a data prevista é no dia 25 ( sábado ) daquele mês, veremos se conseguimos ' encher ' a casa !!


PROJECTO 2 ... ajudando a ACREDITAR !!!

Em tempos mais ou menos recentes, alguns colegas OFERECERAM-ME obras suas a fim de serem leiloadas, revertendo TODO o montante conseguido para a ACREDITAR.
Depois de ter pensado desenvolver a ideia através da página daquela Associação, cheguei a um impasse, fruto de questões técnicas. E porque o que verdadeiramente me interessa é angariar fundos para quem esteve por ali quando o sol me parecia escuro ... vou avançar com a ideia aproveitando o Facebook, onde parece que o mundo está 24 horas por dia.
Irei apresentar fotos e descrição da obra a leilão, e notas sobre o autor, com a licitação mínima inicial e prazos.
Os colegas e amigos que me ajudaram com a sua preciosa colaboração foram:
João Lopes e José Borges ( fotografia ), Nuno Marques, Isabel Mantas, Rui Décio, Maria João Monteiro, Giselle Reis, Alberto Santos, Paula Mascarenhas, Maria João Gamito, Bela Silva, Mats Kristiansson ( pintura ), Élio Oliveira ( escultura )
A qualidade da apresentação das obras é a possível, uma vez que foram fotografadas por mim e trabalhadas através do Picasa.
Os preços de licitação base foram por eles definidos, sem qualquer outra intenção que não a de tornar a aquisição aliciante.
Quem estiver interessado irá licitando por ali mesmo na minha página do FB, logo que o leilão se inicie.
No final ... quem tiver adquirido a peça procederá assim:

Acede a: http://www.acreditar.org.pt/ que é o endereço da ACREDITAR!
Faz um donativo/transferência para o NIB daquela Associação, seguindo as instruções na página inicial ( da qual irá receber um comprovativo ).
Feito o donativo, faz um PDF ou um scanner do comprovativo de transferência e envia para o meu email ( redjan@gmail.com ) combinando nessa altura o modo de entrega da peça adquirida. ( as peças estão neste momento na minha posse ) e para o email da Dra. Margarida Cruz, presidente da direcção da ACREDITAR: mc@acreditar.pt

Qualquer dúvida no processo ? redjan@gmail.com ou .... 93 9909278
Poderão também ligar para a ACREDITAR ( 21 7221150 ) a fim de se inteirarem desta ou outras iniciativas existentes.

Parece-me relativamente fácil e prático. A ideia de tudo isto é gerir a generosidade das pessoas minhas amigas, o interesse de adquirir obras de autores mais ou menos consagrados no mundo artístico mas... CONSAGRADÍSSIMOS em seu modo de ajudar.
E, last but not least .. poderão e deverão remeter à declaração de IRS este modo de solidariedade para com quem necessita.

A ver vamos no que dá !!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

friends & PASSION !


Porque estejas onde estiveres, os amigos são um tesouro .. e a PAIXÃO lembra-te quem és !

quinta-feira, 17 de junho de 2010

vida, de Sophiz ou ninguém mais

Sofhiz sempre amara enrolar os dedos por um escuro e liso cabelo que aprendera a fazer seu secreto lugar, sem as pessoas que não eram pessoas, sem as gentes que sua velha avó lhe ensinara a evitar guardar no lugar dos cheiros e paladares, das mãos que se tocam, trocam e nos envolvem levando-nos... - ' cuidado petiza, não cuides que os sonhos tenham lugar ou hora .. ' - recordava, na voz e em cheiro de pó-de-arroz, na certeza de vida de uma mãe de mãe!
Que pena que naqueles dias, em momentos de olhar para o velho lugar da cadeira de baloiço de Emma, velha avó de vida e sábios conselhos, as respostas teimassem em vestir-se de dúvidas e incertezas, de momentos com tanto nada e pouca gente de valer a pena. Os cabelos, de novo os cabelos, de escuridão e comprido charme, recolhiam Sophiz no temor de acordar e entender que apenas nos idos desenhos de menina de escola saberia a cor do amor, dos dias dados e recebidos, naqueles sorrisos que desde sempre adormeciam a fantasia das palavras cantadas, no temor de acordar e sentir que se perdiam os dedos, se perdia a magia e o labirinto de longos cabelos que eram ela, eram tudo e os sonhos, eram preces, e fugas e pragas ...eram Shopiz em sua vida de menina teimosa de esperança.
Tarde, tarde uma vez mais, por sítios de lado nenhum e coisa apressada, jurara ver rapazinho de cabelos soltos também, vira-lhe a loucura e a leveza, a ignorante certeza, de voar indo e fugindo aos bocados dos dias iguais:
- Mas por onde vais, para onde vais ? ... amaria ter-lhe perguntado!
Mas era tarde, porque tarde era sempre que se esquecia de Emma e suas palavras, sabia-o Sophiz deixada prender .. por outros sem vida ou pouco dela. Tão tarde ... que se esquecera de perguntar.
- A lado nenhum. à vida apenas! ... sonhara ouvir. De resposta à desistida questão.
- A lado nenhum ... respondeu Juande! Juande que não existia senão em cabelos de Sophiz!

guess what ...

Se a democracia é a ' vontade do povo ', o que acontece a ' um povo sem vontade ' ??

sábado, 12 de junho de 2010

arremedos, ou nem tanto !

Mete, no curso em força
Perde, o medo às águas
Que te não assuste a ribeira
Te guie o sonho
Par'onde t'empurra
Olhar mocho de gente passada
Em vida de vida
De desassossegada
Joga as botas, ganha a beira
Que a vida ribeira
Não te saiba
E caiba
Caiba
Ir

sexta-feira, 11 de junho de 2010

concepcion

E na noite e seus silêncios
Em seus espaços
Sem fim
Cumpram os deuses
Existindo eles
O divino desiderato
De lembrar aos homens
Ao Homem
A vida

Em meio a um dia mais, Juanito esperava-o calmo em seu fim, abraçando em antecipação a orgia de liberdade que se concedia aquando solto do mundo. Era segredo seu aquele paraíso inventado, nele fizera crescer as cores que ávido aprendera em tempos de menino. Por ora, absorvia o cheiro da terra e das flores, mirava em êxtase as faces de corpos embrenhados em correrias e em preocupação afogadas, perdidas. Juanito tinha o segredo de as viver, tinha a magia de nelas pegar e suas vidas tomar e tornar em contos de fantasia, nunca esquecera o calor meigo das mãos de Concepcion, sua ama, sua amiga, sua amante e fonte de vida, com ela aprendera os escritos das sebentas dos deuses dos pobres. E da menina liberdade, a Concepcion dedicava seus sorrisos de cúmplice homem livre, a ela clamava os acertos a desvios do divino ... A ela nunca esquecia de amar ..

- Concepcion ... que parte do caminho não entendemos?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

de novo juande ....

O vento quente trazia o fim da tarde, trazia os cheiros do rio, as memórias de tantos dias atrás, dias que eram anos de gente e momentos guardados, vestia-se o vento quente em luz e pássaros livres.
Juande não queria mais, aprendera em canto seu a grandeza das coisas simples que lhe invadiam a alma, com a certeza de que o vento não mentia em sua magia de liberdade, e assim se amavam em cumplicidade sem nós nem laços, de secretos abraços, assim se davam e juntos sonhavam, que grandes fossem, pequenos também, seus passos em imaginados traços, de vidas com fins de tarde.
E Juande olhou o céu, o Céu, o seu e dele, do vento, o Vento, e escreveu-lhe ...

Quente, vento quente
Eloquente
Em vida e mistério
Em nosso Império
Em mim guardado
Em ti voado

E vento, quente vento
Facundo
E fácil o momento
De nosso mundo
Em que me vi
Em ti

E o vento parou e chorou uma chuva quente e Juande sorriu, como sorriam os soldados em dia de descanso na batalha, onde adormeciam meninos sem a cobardia canalha, de quem não sentia o vento, de quem perdera o momento, de entender e olhar, sem medo de amar, os bocados de fim de tarde.

terça-feira, 8 de junho de 2010

soltas sem nexo ...

... apenas estupefacção e alguma apenas. Afinal ... afinal nada!

Em nome, em bom nome da justiça e igualdade, em nome do amor que a todos alcança, em nome disso mesmo, duma justiça profunda sobre a diferença, em nome dos direitos sagrados e inalienáveis das minorias, duma e doutras e doutras, sendo que todas as minorias são iguais e mais nada, em nome disso, vá o senso, o bom e qualquer, e fodam-se, que se fodam, os mesmíssimos direitos das maiorias, essas vacas, essas cabras mimadas que são as maiorias, essas ovelhinhas que balem mas nada valem. E que se foda pensar!
Que conice do caralho meu deus...
Aiiii!!!
Disse dois palavrões e invoquei em vão o nome divino.
Estou fodido! E só ...
Conto como minoria?

Em nome da não perdição do futuro de quem para ele se está a defecar ( deixei os palavrões !!), sai um decreto que manda meninos homens directinhos do 8º para o 10º ano ...
FODA-SE ( opsssss, desculpem ), irra, será que a estupidez e conamolice deste povo não tem limites?
Não, não tem! Eternize-se o ' que se foda ', decrete-se como lema mor da Constituição.
Sócrates apenas sabia que nada sabia. O outro.
Sócrates não faz ideia de que não faz ideia alguma, este ...
Sócráticos pois parecemos!