Fugido à pose de astro-rei, atreveu-se o menino sol a nascer como de costume, impondo seu êxtase de coisa matinal abundante em cheiros e cores do mundo, nas tribos que o haviam sabido guardar, por entre as poeiras das savanas, as lianas de recônditas selvas virgens, os asfaltos arruinados em estradas de ninguém, a quietude dos olhares perdidos nas cidades dos deuses sem deus. Nascido assim, vulgar e repetido, brutal e sem igual, quis o sol ser ele apenas, dando nada mais que a sua indizível e infinda magia de tesouro amado, de mistério venerado, de lugar divino sem lugar algum. Nasceu o sol e começou o dia, um dia mais, de coisas boas sem nome próprio, coisas boas, apenas coisas, de tribo apenas, dos humildes aprendizes das histórias dos anciãos, vividas nele sol as sábias palavras do homem só.
E saltou ao caminho vindo do nada, quiçá vindo do céu ou de mais longe, como se houvesse longe em sonho assim, uma lenda feita menina, de palavras com cores e cheiro, de sussurros cumplices em bocados segredados, em murmúrios de desejo, de sonhos de peito aberto, como se com o sol contasse, na noite visse um sol escondido, a lenda contada e escondida por sitios de santos com nome de Pedro, fossem de norte ao sul, d'este ou oeste, guardassem longe os medos, assim as lendas contavam as fadas.
E nascido assim o sol, deixou-se embalar e rumou à noite, e assim vividos os dias, assim acreditados os caminhos, pode ele menino saber, que diferentes são os momentos quando a noite tem outra cor!
domingo, 22 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
e se parássemos ?
E reza a história como segue
Se a vestissem a ela como lenda
E nas palavras contadas vivesse
Porque em sonho de ser grande
Andando os homens atarefados
Rogando a vida em tal vertigem
Áquela deusa do relógio sem tempo
Sem brilho nos olhos, os sorrisos
Sem nada guardado, assim o vazio mande
E lugares perdidos, ao esquecimento atirados
Mentira fosse o caminho selvagem
O homem parasse e a lenda no vento
Soubesse guardar, em sonhos precisos
Unindo em sonhos, seu tempo de criança
Mandando os deuses gritar nossa esperança
Porque aos deuses rezou a história das gentes
O caminho aprendido em tempo de medos
Uma, duas, mil foram as vezes
Caminhando o homem que queria ser história
O sorriso perdido à procura do tempo
Se a vestissem a ela como lenda
E nas palavras contadas vivesse
Porque em sonho de ser grande
Andando os homens atarefados
Rogando a vida em tal vertigem
Áquela deusa do relógio sem tempo
Sem brilho nos olhos, os sorrisos
Sem nada guardado, assim o vazio mande
E lugares perdidos, ao esquecimento atirados
Mentira fosse o caminho selvagem
O homem parasse e a lenda no vento
Soubesse guardar, em sonhos precisos
Unindo em sonhos, seu tempo de criança
Mandando os deuses gritar nossa esperança
Porque aos deuses rezou a história das gentes
O caminho aprendido em tempo de medos
Uma, duas, mil foram as vezes
Caminhando o homem que queria ser história
O sorriso perdido à procura do tempo
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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