domingo, 28 de setembro de 2008

colva em braço de prata ...

... e não só!

Fomos vinte, podíamos ter sido mais, muitos mais. Mas fomos vinte! Que fomos de Colva a um Portugal em Calções, passeámos por entre personagens, reais e surreais, jornais do antigamente e outros do presente e seu futuro, escutámos daqui e dali, perguntas e mais perguntas, com a resposta calma, pausada e autêntica na voz do Afonso que falou como escreve. De frente.
E ligou de longe, muito longe, de Colva segundo soubémos, o Michael do romance. E esteve sentado o José Manuel, o repetido José Manuel da José Manuel Mesquita & Associados. E estivémos todos também.
Sorte a de quem esteve. Entre amigos de ler e escrever, entre amigos do momento. Do mesmo tipo de momentos que fazem parte da receita da vida. Bons ... neste caso.

Obrigado pessoal.

Obrigado Afonso!!

sábado, 27 de setembro de 2008

distracções, parvoíces mesmo e doces dedos no cú!

É intrínseco, está-nos na massa do sangue, é coisa anterior à génese da portucalidade em tempos do Sr. Henriques, Afonso de primeiro nome, já dizam os romanos .. ' não se governam nem se deixam governar '.. numa antevisão ao nosso actual .. ' não fodemos nem saímos de cima ! '. O pessoal ' tasse a cagar ', desde que possa debitar reclamos à mesa da refeição, na bicha para um qualquer balcão, em sitio qualquer onde haja uma alminha a ouvir-nos e a assentir em idiotas meneios de cabeça, sim's de manada, chamemos-lhes assim. Trinta e quatro anos depois da revolução, e por muito relativa que seja a noção de muito ou pouco tempo, trinta e quatro anos já são qualquer coisinha, neste tempo todo não ganhámos um pingo que fosse de dignidade enquanto povo inteiro, a malta não quer saber, não se enxerga desde que possa alardear alarvidades, intelectuais claro, em sitios todos, com um imbecil por plateia pelo menos.
Somos contra o aborto ( desde que o possamos fazer de surra e em segurança ) porque ... a Igreja assim o diz, somos a favor do aborto ( num género de fartar vilanagem ) porque ... a esquerda e suas liberdades assim o recomendam. Pensamos a sério na coisa, suas raízes e/ou soluções? Nahhhh! Mantemos esta eterna entrega ao Benfica-Sporting da política, por entre duas forças partidárias que souberam ocupar o sofá e ir empurrando a razão das ideias para lado nenhum. Alternativas ? Uns que repetem a mesma lenga lenga de há anos e anos e anos atrás, como se não tivessem caído muros da vergonha, como se ainda brincássemos ao salto à corda e sem Playstations. Outros que defendem tudo o que mexe e cheira a minoria, por medíocre que seja essa minoria, por idiota que seja o argumento. É-se contra os de direita, contra os de esquerda, quando 90% da populaça teria de andar com uma pedra na mão para distinguir qual é qual. Não me lembro da última vez que esta nossa gente se indignou contra a total indiferença com que é tratada. Por tudo e todos, gente do governo, da oposição, dos sindicatos, maçonarias e obras de deus. Curiosamente sempre os mesmos, apenas com mudança de cadeira prévia e alegremente combinada. Por gananciosos também . Por preguiçosos ainda! E nós ? Nós ... pois !
Casa Pia? Melancia? Felgueiras e Isaltino? Futebol de putaria? Assaltos, assaltos e companhia? Partos em ambulâncias e urgências fechadas porque o Doutor está doente? As notinhas de Matemática que sobem na medida da Tabuada perguntada que desce, alguma coisa indigna esta gente ? Nãozinho mesmo.
Todos somos contra o lixo, que se incinere ou co-incinere, ou anti-incinere se tal existir. Ao pé de nós? Vai de metro Satanás. Somos contra ... mas a favor lá longe! Reciclar? Sim, quem sabe, talvez. Lixo apenas, no entanto, nunca ideias, nunca mentalidades, nunca partidozinho a votar, nunca nada pelo amor de deus, nada que nos faça pensar quem somos ou o que queremos.
Tudo isto porquê? Por nada. Passei por acaso num posto da BP a caminho de casa. Logo hoje, dia em que a DECO, a tal associação que tanto faz e para nada serve... logo hoje que ela nos alertara e incitara para uma reacção popular. Ainda que de efeitos práticos pouco fatais para o monstrozinho das gananciosas petrolíferas e seu aliado Estado arrebatador de impostos por ali ... ainda assim valia a pena tentar alertar essa canalha que o Povo já começa a estar farto e seria capaz de reagir. De trocar a lengalenga que abre e fecha telejornais há meses, numa conversa fiada de que o barril sobe e a gasolina também , o barril desce e ela não ... e mais isto e mais aquilo, sem se dar conta de que entre mortos e feridos, já mamou o polvo umas toneladas boas para a sua engorda, que dê para chulos e todos os quejandos. No entretanto os do costume engordam, sempre os mesmos, Estado incluído, o mexilhão, o eterno fodido quando o mar bate na rocha, cansado da mesma conversa de merda em bichas e balcões, desesperado porque já ninguém liga à sua douta teoria de como tudo resolver, o cidadão tinha ali oportunidade de, sem grande trabalho, dar um ar da sua graça, dedo no ar, sinónimo de existência. Passei no posto da BP, dizia e que vi eu? As seis bombas, SEIS, todas ocupadinhas a abastecer. Tirando o caso improvável de um deles estar a fazê-lo porque a avózinha, recuperada do coma, vira rebentar-lhe as águas e ia parir, tirando esse caso ... todos os outros se esqueceram ou não tomaram conhecimento de que era dia de se ser, de se dizer qualquer coisa ' àqueles cabrões ', como sói dizer-se e ouvir-se na vox populi. Calhando estavam distraídos, calhando eram parvos mesmo, quiçá já não os incomoda o doce dedo no cú que politiqueiros e patos bravos lhes metem diáriamente por entre palavras de entretém.
Mais logo há Benfica - Sporting e isso é que conta. Tá bem que é fodida a hora, é à noitinha, não dá para levar os putos, nem gente de familia que aquilo deve dar porrada e mais isto e aquilo, até isso nos tiraram, mas fazer o quê? Os Oliveirinhas assim querem, há que meter audiências e publicidades, vender sopas e sabão no intervalo televisivo. Vamos reclamar ? Não ... e para quê, assim há mais espaço ... num jogo que dantes metia 100 000 se necessário fosse, hoje menos de metade e já gozamos, fica em privado, que nas horas das coisas mandam eles. Nas horas e em tudo.
Nós.... bem seguimos distraídos, na melhor das hipóteses. Ou então somos parvos, ou gostamnos mesmo é de apêndices no cú. Doces claro. Como as palavras que nos embalam!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

surdezes e bigodes alarves!

Cai o vermelho e páro no semáforo. Na ocupação da espera olho em frente para o trânsito que iria fluir na minha perpendicular. Iria .. digo bem. Um velho Renault Super 5, velho de vinte anos ou mais, queda-se imóvel no primeirinho lugar da fila que deveria arrancar, ao volante faz-lhe jus em antiguidade ultrapassada a condutora, senhora de setentas e muitos ou mais, palpitando por baixo para não errar por largo. Por detrás dos seus óculos debate-se certamente sobre a cor que emana do poste iluminado e seu significado, hesita por entre lembrar-se como mover o veículo ou talvez quem era e o que fazia ela por ali. Atrás, bem atrás de si, Mercedes creme, modelo de finais do século passado, condutor, ou melhor motorista, de bigode, ar impaciente e incrédulo, buzina na mão, mão na buzina, esquecendo por certo o quanto agride a natureza e irrita o mundo pelo simples facto de existir com aquele arzinho e feitio de idiota encartado. A senhora, a idosa personagem que naquele momento barra o avanço e impede o progresso do mundinho do cavalheiro de unha avantajada, permanece e evolui na continuidade das suas dúvidas, sobre o que fará ela por ali, responsável pelo fluir do trânsito e no entanto sem a colaboração do veículo que a não compreende. A surdez e total alheamento permitem-lhe passar ao lado dos cada vez mais ajavardados e gesticulados modos do 'homem de neanderthal' que a buzinadelas pretende despoletar a física do movimento alheio. Debalde!
Cai o verde e tenho de arrancar, nunca tanto desejei o prolongamento de um sinal encarnado, ' arranca pai ' grita-me o Kuka, arranco pois, não sem pena de deixar para trás aquele momento de Fellini, de surdas antiguidades e ruidosas alarvidades de bigode e marquise em casa certamente. Passo rente ao cenário, envio beijo fantasma à querida surda, vomito mentalmente no banco traseiro do taxista e sigo ao destino, esqueço a parelha.
Amanhã passo por lá de novo, com um pouquinho de sorte ainda estarão por lá ...

monólogo ...

- Assim como um vento sem força, entendes?
- Não ...
- Como .. como ... se não existisse, não ventasse, sem rumo, vês?
- Pois, quer dizer, talvez sim . Um vento de ninguém ?
- Não, não estás a ver, um vento de toda a gente, assim .. parado, suspenso .. sei lá, um vento que não vai ...
- Um vento de gente parada?
- Ou de gente sem vento se calhar... que não dança ... é isso, gente que não dança.. entendes ?
- Talvez, acho que sim. Deveria não é ?

sábado, 13 de setembro de 2008

arguida maria ...




Três semanas, malditos vinte e tal dias de tanto calcorrear, tanta berma de inferno, campos de ninguém, sitios de dormir e necessidades outras que o corpo, gasto e velho de rugas sem fim, não prescindia de se aliviar, raio de corpo dum cabrão, nem mal alimentado, fracamente servido, se coibia de a obrigar a cócoras que, mais que vergonhas de merda, a atormentavam na hora do retorno à posição de gente vertical, vertical sim, em idos de infância e postura também, fôra ela Maria mulher de bem, de honra e sagrados principios e para quê? .. não houvera um dia, unzinho sequer, em que o Senhor, louvado, rezado e oferendado, se lhe mostrasse, se já não em sóis de inverno e de parar dilúvios, ao menos em comida na mesa e gente que bem lhe quisesse. Pés encurralados numa gastura e dor que à alma se lhe comparava, chegara a Lisboa, essa tal tão vista em interferidos pretos e brancos de televisor de solteira, nunca houvera dinheiro para a troca, ele havia o vinho, quiçá as putas do marido também, Manel de nome que outro poderia ser? .. homem triste de tão igual que era à trampa que se lhe seguira, filho vadio que as côdeas lhe disputava, pois que em parques de estacionar carros não há restauração estúpida mãe ! ... Três semanas pois, chegada à grande luz e sonho de aldeias que vira partir, puxou do bolso o mapa rabiscado por insigne membro da junta de freguesia lá da terra, se alguém sabia de politica era o homem, comunista e sabedor desde os tempos da primeira dentição, vá por aqui ti Maria, vai lá dar, às cadeiras do poder, mas veja lá mulher, olhe que nem a ouvem. Ai iriam ouvir sim, tão logo entendesse emaranhado de tanto poste com luzes às cores, e os carros, tantos dum cabrão, seria velório ou dia de bola, mas de onde brotaria tanto emaranhado de olhar chanfrado, mãos na buzina, pressa de morrer? ... Assim lá na terra, nem em dia de procissão e louvaminhas ao padroeiro das mulheres castas, porra que achava que nem no estrangeiro, vislumbrado em antena de televisão espanhola, espectáculo destes havia visto ela Maria.
Suada de ponta a eito, por entre peitos idos e descaidos, partes de vergonha e perna abaixo também, com cheiro que nem sabia de gente, chegou mais velha do que alguma vez se soubera, indagou à autoridade se confirmava ser ali, ali a casa dos doutores, engenheiros senhores em quem tanto ano acreditara, assentira em olhares e trejeitos de cabeça, tanta promesa escutara, beijos recebera, até à agonia final daquele ano, casa esventrada por drogaditos sem pudor, três vezes, sempre os mesmos, já nem para roubar senão espancar e violar, mais as garantidas sovas do marido, que à Guarda em queixas sussurava .. ' pois ti Maria, a gente nada pode ' ... do filho nem queria saber, antes a jorna em tempos de sol quente e fascismo, aos oitenta e três anos queria ainda acreditar, já tentara todas as Nossas Senhoras que sabia, amigos bom seria se houvessem, e afinal por onde andava a gente de Deus que lhe diziam ela ser, ladainha eterna do Padre da terra e do Papa também, diziam, Maria, afinal pessoa de vida de cão e trabalho?
Chegada à escadaria dos insignes, como lêra que se chamava a gente aquela, de verdades faladas, certamente no cú metidas, ali chegada Maria, sacou do testamento de promessas ouvidas, de votos entregues, naquele bocadinho de seres humanos que metera um dia na cabeça ser gente de acreditar, tragou guardado naco de pão, duro que nem cornos mas seu, cozido em forno de herança e mãos de mulher honrada, antes e depois do casório de infortúnio com Manel, bêbedo, velhaco e dançarino, contrariador de ditados enganadores, às entranhas de saia de cigana sacou navalha comprada em rifas de feira, alçou o braço gritando um sentido ' filhos da puta ' e tratou de se esventrar numa entrega de corpo a quem a alma lhe roubara.
Não era dia de sol, de justiça menos ainda, gorada a tentativa por célere agente da autoridade que o caminho zelava por manter longe de reboliços e falatórios, mais ambulância do INEM que por aqueles lados marcava o ponto a horas e prontidão, a S. José foi levada, porra um santo mais, nem os cabrões me largam, salva da morte, melhor da vida, talvez! Ergueu-se o mundo dos cidadãos, alertados por uma parafernália de TV´s ali tão despachadas, que não, espectáculos daqueles ali não ... julgada foi velha Maria, por atentado, dois no caso até, contra a Vida, fosse lá que merda isso fosse, e pela imprecação contra os doutos.
No recobro e sem visitas, acordada de dia que jurava não ter passado, cagou em paz e pela primeira vez Maria. Aliviava-se, repetia benzeduras, jurava não votar de novo, guardava timido e corado agradecimento aos insignes: nunca assim em sossego pudera cagar!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ali, nos degraus da solidão!



Eram tempos diferentes aqueles, de paz e acalmia, dias sem a angústia do entardecer, de passeio por entre as árvores que abraçavam o horizonte, nos acenavam em suaves vénias, eram dias de seguida vontade, onde tantos minutos contavam, todos os minutos mexiam e sabiam ter significado, os nomes pertenciam-nos, a praia ali quieta, tão quieta, como se se rendesse ao Inverno e suas cores de aconchegada gente que se embrulhava em mantos de sonhos com e sem chuva, lembras-te Avô? Aqueles eram tempos sem cheiro a pólvora e morte, sem rasto de mãos sujas e pobres, de fome arrastada em filas de ninguém mais, como era boa a luz que a janela deixava entrar, os pingos que martelavam parapeitos e desenhavam arabescos fugazes, o cheiro a madeira húmida, pão quente e batata doce. Não havia nada que para trás tivesse deixado, correra como correm os loucos atrás daquela meninice em que sabia serem seus os tempos, e não chegara, perto sequer, daqueles amanheceres de dias com cor. Não havia ninguém mais, haviam partido, na viagem louca do medo, no arrasto surreal da escura melodia da guerra, troavam os sons, mortas as batidas das gotas de água. Olhavam-se o velho e a criança, sabiam-se no fim, não há espaço para os fracos quando o homem se acobarda em seus silêncios, vazios de quereres ou palavras. Morreram quietos, abraçados talvez, ali nos degraus da solidão, sem frio nem sonhos mais. Assim os encontraram os regressados ao passado, deixado e abandonado. A guerra acabara, de vez para quem nunca a vira sua ou em seu ser quisera.

sábado, 6 de setembro de 2008

a tertúlia ... está de volta !


... dia 28 de Setembro, Fábrica Braço de Prata, sala Nietzsche, 15 horas, como de costume !

E o convidado é ....

Afonso Joaquim Sampaio e Paiva de Melo é um jornalista e escritor português.

Nasceu em Águeda a 18 de janeiro de 1964. Cursou Direito, mas enveredou pelo jornalismo. Colaborou desde muito cedo na «Soberania do Povo», esteve no «Semanário», passou fugazmente pel’ «O Liberal».

Foi redactor de «O Século»; colaborador eventual de «O Jornal»; colaborador e, mais tarde, redactor de «A Bola», cumprindo as funções de editor da secção internacional e sendo responsável pela concepção e edição de um suplemento chamado «A Bola de Domingo».

Ainda em «A Bola» foi coordenador de «A Bola Magazine». Foi Editor de Redacção de «O Jogo»; colaborador de «O Comércio do Porto» e de «A Capital»; comentador de futebol internacional da «Sport TV» e colunista da revista «Record Dez». Escreveu na revista «Fócus». foi correspondente em Portugal do jornal espanhol «As» e do jornal polaco «Reczespospolita», bem como colaborador das revistas japonesas «Soccer Hiyo» e «Sportiva2». Durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 2002, foi colunista do jornal en:Aajkaal, de Calcutá.

Publicou reportagens e artigos de viagens na revista «Vida Mundial», no «Jornal de Letras», no suplemento «Fugas» do jornal «Público» e na revista «Atlântica». Escreveu muitos dos textos da «Grande Enciclopédia dos Europeus de Futebol», do «Diário de Notícias», tendo também contribuído para o «Anuário 2005», do mesmo «Diário de Notícias».

Foi durante muitos anos fornecedor de matérias para a «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira». É correspondente em Portugal da revista francesa «France Football» desde 1995. Fez parte do Gabinete de Imprensa do Euro 2004, como Media Relations Manager, e foi Assessor de Imprensa para a Selecção A de futebol desde Janeiro de 2004 a Julho de 2006, tento estado presente no Euro 2004 e no Campeonato do Mundo de 2006.

Foi membro da Comissão de Honra e da Comissão Política da Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República, sendo um dos responsáveis pelas áreas de Comunicação e Marketing.

Colaborou com a Fundação Luís Figo na área de comunicação.

É Grande Oficial da Ordem do Mérito, Medalha de Ouro da Federação Portuguesa de Futebol, membro honorário da Ordem da Nossa Srª da Conceição de Vila Viçosa e Judeu de Ouro da ANATA, Associação dos Naturais de Águeda. Traduziu livros para diversas editoras.

autor entre outras coisas de :


Portugal em calções : diário de um jornalista no Mundial 2002 (crónicas, Oficina do Livro) 2002
A Lenda de Jorge Bum!, com Ponto de Exclamação (contos, Prime Books) 2003
Guia dos resultados da Selecção Nacional de Futebol 2004
Doping – A Triste Vida do Super-Homem
(reportagem, em parceria com Rogério Azevedo, D. Quixote) 2004
Cinco Escudos Azuis – A história da selecção nacional de futebol de 1921 aos nossos dias (D. Quixote, com uma primeira edição de 2004 e reedição actualizada em 2006)
Uma sombra laranja-tigre : em forma de panchatantra (romance) 2005
poema sem maiúsculas
na colectânea de poemas inéditos Tantas Mãos, a Mesma Primavera (Oficina do Livro) 2005
Viagem em Redor do Planeta Eusébio (Prime Books) 2005
A Princesa-Que-Tinha-Uma-Luz-Por-Dentro (conto, Oficina do Livro) 2005
Factos, Números e Nomes da Selecção Nacional de Futebol (D. Quixote) 2005
Não Morrerei em Buenos Aires (poemas, D. Quixote) 2006
Todos Tenemos Una Buena História de Futbol (a propósito do Mundial 2006, Cafediario, Barcelona) 2006
A Pátria Fomos Nós (crónicas, Prime Books) 2006
Um Ano na Vida de Luís Figo (foi o responsável pelos textos do livro do fotógrafo Hamish Brown, editado pela Fundação Luís Figo) 2007
Cem anos de Benfica Sporting, Sporting Benfica 2007
Tantas Vezes Tu (romance, Editora Erasmos)
Manuel Quarenta e Maria Quarentena – Dois Personagens à Espera de um Romance (conto na colectânea de contos 40 (D. Quixote)
A Monótona Vida de Uóchinton Maria a Quem Chamavam o Homem-Porco (colectânea de contos portugueses inéditos, Histórias em Língua Portuguesa, Editora Ambar, organizada por Francisco Guedes)
A Morte Tem Sempre Música de Fundo (numa colectânea de textos feitos sobre ilustrações de Pedro Zamith Oficina do Livro)
El Corazón Negro de Portugal


... porque aprendi a conhecer o Afonso através do que escreve e do que ... diz, sei que irão ser duas horas e tal de pura conversa do melhor.....