quinta-feira, 21 de junho de 2012

Era ... perdão , é uma vez !






Era uma vez um Tigre. Mas este Tigre era um pouquinho diferente.
Primeiro porque se pronunciava com um ' T ' grande. Aliás, um ' T ' enorme, assim tipo um ' T ' rei da selva.
Depois, bem depois por muitas outras coisas mais.
A começar porque era nosso. E é nosso ainda. E Tigres assim são raros, senão únicos.
De seguida porque não era um tigre que se ficasse pelas selvas ou pelas neves, não era de liberdade assim geograficamente enjaulada. Era um Tigre, pasme-se, voador. Mas voador mesmo. Voava para todos os lados e em todos os lados ficava. Este tigre era esquisito, habitava em muitos sítios e terras e no coração de tantos, de tantos e muitos amigos a quem oferecia um sorriso sereno e matreiro. Ah .. e sábio, ao mesmo tempo.
Se eu vos dissesse que este tigre mostrava cartões amarelos e encarnados, alguns irão achar que eu sou maluco. Ou que este Tigre era maluco. E foi no entanto essa a primeira lição que aprendi com esta fera de amor. Que com cartões assim, se resolviam coisas assado. A rir. A sorrir.
Este Tigre tinha um carrapito. Se não foi o primeiro tigre no mundo a ter um carrapito, então eu não percebo nada de tigres. Para mim foi ele. O primeiro. Nos carrapitos e nos cartões. No sorriso que deixava sempre. Antes de ir embora, para voltar mais tarde, porque esta era a vida deste Tigre voador. Ir e voltar.
Agora lembro-me da última vez que me cruzei com ele. E do sorriso que me deixou até ao reencontro.
O bom de Tigres assim é que sabemos que podemos sempre contar com eles. Guardá-los, porque são nossos.
Que bom ter um Tigre assim.
Vou guardá-lo junto ao sorriso do meu Dustin Hoffman aviador e a outro sorriso cuja vida me deu a  Fortuna de ter e guardar.
Era uma vez um Tigre.
Perdão ...
É uma vez um Tigre!