A floresta fazia jus ao capricho divino de a desenhar em arabescos do mais puro êxtase, o pôr-do-sol sublimava o absurdo de cores, contrastes e sensações, como num bailado de pinceladas saídas da mão perdida de um génio da tela, de sons por entre o imaginado e o surreal, num povoado de ventos que assobiavam sua liberdade etérea. A coisa era de grandeza e pronto. Ou melhor, ponto, final e parágrafo.
Se de si já não maneirava em grandezas, peneiras e outras que tais, Tota pasmava abismado por tão incomum como eloquente e esmagador cenário, qual bravata de deuses sacados a ficcionadas histórias, em não tão ficcionadas gentes, que nelas faziam viagens de mais difícil relato do que seria de supôr ou imaginar, atendendo ao infinito potencial da humana mente.
A seu lado, numa quietude e silêncio que os da sua espécie haviam aprimorado a níveis de alcance raro, fazendo do aroma a majestade dos traços de seu ser, Bosta contemplava também aquele manjar sensorial que o bosque, conluiado com as diatribes exibicionistas de uma natureza quase perfeita, oferecia a quem nele depositasse e arriscasse seu deleite. Por um daqueles mui terrenos percalços que num estado de semi-hipnose ganha francas possibilidades de se tornar facto consumado, Tota viu sua caminhada presenteada e acrescentada da companhia inesperada de peganhenta substância que, mais que enjoativamente pastosa, trazia um fedor pouco digno de tão indizível cenário, lembremo-nos que até ficções galácticas aqui já se abordaram, trazendo à colação e ao silêncio até aí cumplice um despropositado e sonoro desabafo:
- Foda-se, já pisei merda!
Ainda que sendo verdade, ainda que admitindo a legitimidade de cada um na sua reacção a tão desconcertante como indesejável momento, Tota rebentou naquele momento com toda e qualquer pretensão divina de conjugar em elementos seus um pouco do paraíso que se ocupara a criar, vendo cair por terra qualquer ilusão que um imaginado chilrrear de pássaros pudesse criar naquele apoteótico fim de tarde. Tota, pisando Bosta, não só pisou como fez. Merda claro. Logo ele, badalado elemento de ficções mas das terrenas e diárias, usado e abusado em seu esplendor como poucos, Tota, cognome ganho a duras penas, sacado em briga de sabedorias populares, Tota, o pénis, via cair por terra toda a grandeza e inexpugnabilidade de seu ser.
Na orla da floresta, bandos de anões e fadas saídos de histórias de encantar, mais uma excursão de japoneses de câmera digital em punho, acrescentados de romarias e procissões que ao bosque acorriam em busca da magia de tardes improváveis assim, não desdenhando todo este acaso de improváveis incongruências helicoidais a presença do universal Lelo, alvoroçavam ainda mais o estilhaçado e ex-idílico entardecer, numa troca de ciências certas e dizeres garantidos:
- Está triste..
- Não, está apaixonado... mais me parece apaixonado!
- Que nada, anda em baixo, isso sim... que de baixezas de moral entendo eu.
- Coitado, tão feliz que andava ... e agora, veja-se lá isto, esconde evidências e recalques..
Se de si já não maneirava em grandezas, peneiras e outras que tais, Tota pasmava abismado por tão incomum como eloquente e esmagador cenário, qual bravata de deuses sacados a ficcionadas histórias, em não tão ficcionadas gentes, que nelas faziam viagens de mais difícil relato do que seria de supôr ou imaginar, atendendo ao infinito potencial da humana mente.
A seu lado, numa quietude e silêncio que os da sua espécie haviam aprimorado a níveis de alcance raro, fazendo do aroma a majestade dos traços de seu ser, Bosta contemplava também aquele manjar sensorial que o bosque, conluiado com as diatribes exibicionistas de uma natureza quase perfeita, oferecia a quem nele depositasse e arriscasse seu deleite. Por um daqueles mui terrenos percalços que num estado de semi-hipnose ganha francas possibilidades de se tornar facto consumado, Tota viu sua caminhada presenteada e acrescentada da companhia inesperada de peganhenta substância que, mais que enjoativamente pastosa, trazia um fedor pouco digno de tão indizível cenário, lembremo-nos que até ficções galácticas aqui já se abordaram, trazendo à colação e ao silêncio até aí cumplice um despropositado e sonoro desabafo:
- Foda-se, já pisei merda!
Ainda que sendo verdade, ainda que admitindo a legitimidade de cada um na sua reacção a tão desconcertante como indesejável momento, Tota rebentou naquele momento com toda e qualquer pretensão divina de conjugar em elementos seus um pouco do paraíso que se ocupara a criar, vendo cair por terra qualquer ilusão que um imaginado chilrrear de pássaros pudesse criar naquele apoteótico fim de tarde. Tota, pisando Bosta, não só pisou como fez. Merda claro. Logo ele, badalado elemento de ficções mas das terrenas e diárias, usado e abusado em seu esplendor como poucos, Tota, cognome ganho a duras penas, sacado em briga de sabedorias populares, Tota, o pénis, via cair por terra toda a grandeza e inexpugnabilidade de seu ser.
Na orla da floresta, bandos de anões e fadas saídos de histórias de encantar, mais uma excursão de japoneses de câmera digital em punho, acrescentados de romarias e procissões que ao bosque acorriam em busca da magia de tardes improváveis assim, não desdenhando todo este acaso de improváveis incongruências helicoidais a presença do universal Lelo, alvoroçavam ainda mais o estilhaçado e ex-idílico entardecer, numa troca de ciências certas e dizeres garantidos:
- Está triste..
- Não, está apaixonado... mais me parece apaixonado!
- Que nada, anda em baixo, isso sim... que de baixezas de moral entendo eu.
- Coitado, tão feliz que andava ... e agora, veja-se lá isto, esconde evidências e recalques..
- Aii senhor, atão nã me parece pouco visto pelo doutor, que tem o moço?
Tota, raspada que fôra a excrescência causadora do sonoro e quiçá censurável desabafo, contemplou a orla do bosque, deixou lágrima pelo acabado e ímpar colorido daquele fim de tarde, aquiesceu com a turba em suas sabidas sentenças e disse de si para si ...
- Foda-se, pénis, vê lá por andas.....
Tota, raspada que fôra a excrescência causadora do sonoro e quiçá censurável desabafo, contemplou a orla do bosque, deixou lágrima pelo acabado e ímpar colorido daquele fim de tarde, aquiesceu com a turba em suas sabidas sentenças e disse de si para si ...
- Foda-se, pénis, vê lá por andas.....
5 comentários:
Amigo, tivesse eu lido esta história num qualquer livro de autor de renome não ficaria admirado,e diria: Como é que de uma história “de cú p’ra pila, de bacalhau de taberna…ou de merda, porque não dizê-lo”, se consegue transformar num texto deliciosamente bem escrito, onde até os vernáculos encaixam, que nem bolas nas mãos de Michel Pred’Home...E há quem diga que não génios escondidos…não, não há!!!
Cinco andares acima do zinco;-)
lol....lol....lol
:)
cris(sombra)
vitor: deixa-te lá disso homem ..
cris: :-) por aqui amiga ? gostou ?
:D
Eh eh, soberbo!
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