terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mitó.....

Por vezes o vento sopra em seu jeito de coisa de deus. Deve ser assim, tem de ser assim, pois esse vento não tem o som que aprendemos nos contos nem faz dançar as folhas das árvores, é apenas o vento feito coisa livre e vem somente buscar-nos e levar-nos de volta ao encanto dos dias em que ao sol aprendemos os nomes. Os nomes das coisas e os nomes das gentes que deixamos ser nossas, que queremos guardadas em cantinho nosso.
Quando o vento de repente nos parece chorar, olhamos para dentro de nós e entendemos como podemos voar com ele. Como voam os pássaros e os sonhos sem fim que nos atrevemos em pequenos.. e todos olhamos o Céu. E sabemos que lá voltarão os dias em que fomos, em que soubémos ser uns dos outros, em que ousámos rir e ter medos.

Até um vôo de novo a teu lado, passarinho que me inventaste o nome de Mingos ... agora que de novo me deste o sabor de nossos choros e risos de meninos..

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo texto, Janjas!

Para a Mitó, 1 eterno beijo...

Bi