Vagueio só, por entre vós
Penso vago em noites sós
Palavras que sois açoites
Em perdidas e idas noites
Pedaços de infindo fervor
Onde se inventava o amor
Quando em ruas tuas, cidade
Era uma vez uma história
Que nos lembrava de uma vez
Onde pouco importava a idade
Se não me atraiçoa a memória
Se não me engana a pequenez
Dos homens que fácil esquecem, e dos mundos que procuram, onde não cabem as noites nem dias, onde não vivem as letras de histórias ...
Onde não era vez alguma, noite em rua de ti cidade
Que não vagueassem sós, quem sabe por entre nós
Aqueles que de entre vós
Um dia o amor escutaram
Inventado e imaginado, e de pronto acreditado, em histórias uma vez contado, e era uma vez, essa vez, a única vez ...
Por isso cidade, em ti me acolhe
Em fim de dia sem noite avante
E se para me esquecer, não olhe
O homem de fraqueza bastante
Vã cidade, não contes a história
E nem de fracos
Nem mesmo de fortes
Guardes memória
Foto retirada daqui.