segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

1975

Estranhou Juanito a forma da nuvem, estranhou-lhe o repente e o susto, e a vontade de se deixar levar à imagem perdida de uma menina de sardas e olhos lindos, coisa boa em vida de criança que começava a ser gente, coisa perdida e parada no tempo, no tempo onde guardava seus segredos, a quem escondia sem esconder os momentos todos em que ousava sonhar a trilha das gentes que sorriam. Sorriu Juanito, aos deuses do imprevisto, aos demónios dos esquecimento, loucos aqueles, falhos estes, e assim juntos, em nuvem de rápidos ventos, acenou Juanito ao menino de cabelos soltos e sonhos de bola que ali cabia e lhe piscou o olho. Onde guardas tu esses bocados?
- perguntou-lhe a ida nuvem. Nos dias, respondeu ao vento. Em todos os dias !

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

martocas ...

... partiu para a lua, assim diz lá estar pelo menos. A Lua dela é de vida, de coragem de ter coragem, de fugir à fraqueza de pensar sem fazer. Martocas, a para mim desconhecida Martocas mostra quão fracos são os dias sem sonhos, quão forte é um coração que sente, uma cabeça que pensa, um ser humano que sabe o que quer.
Olho-te pois Lua Martoriana, faz pequenas as minhas letras, mas grande a certeza de que há pessoas que é bom conhecer.