Estranhou Juanito a forma da nuvem, estranhou-lhe o repente e o susto, e a vontade de se deixar levar à imagem perdida de uma menina de sardas e olhos lindos, coisa boa em vida de criança que começava a ser gente, coisa perdida e parada no tempo, no tempo onde guardava seus segredos, a quem escondia sem esconder os momentos todos em que ousava sonhar a trilha das gentes que sorriam. Sorriu Juanito, aos deuses do imprevisto, aos demónios dos esquecimento, loucos aqueles, falhos estes, e assim juntos, em nuvem de rápidos ventos, acenou Juanito ao menino de cabelos soltos e sonhos de bola que ali cabia e lhe piscou o olho. Onde guardas tu esses bocados?
- perguntou-lhe a ida nuvem. Nos dias, respondeu ao vento. Em todos os dias !
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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2 comentários:
…Não era assim que te chamavam “Juanito” em tempos de pontapé na bola?
Os sonhos passam ao lado de grandes carreiras levadas pelos ventos do acaso para trás de nuvens que às vezes tapam o sol. Mas é só às vezes...
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