sexta-feira, 19 de novembro de 2010

homeless


Vagueio só, por entre vós
Penso vago em noites sós
Palavras que sois açoites
Em perdidas e idas noites
Pedaços de infindo fervor
Onde se inventava o amor

Quando em ruas tuas, cidade
Era uma vez uma história
Que nos lembrava de uma vez
Onde pouco importava a idade
Se não me atraiçoa a memória
Se não me engana a pequenez

Dos homens que fácil esquecem, e dos mundos que procuram, onde não cabem as noites nem dias, onde não vivem as letras de histórias ...

Onde não era vez alguma, noite em rua de ti cidade
Que não vagueassem sós, quem sabe por entre nós
Aqueles que de entre vós
Um dia o amor escutaram

Inventado e imaginado, e de pronto acreditado, em histórias uma vez contado, e era uma vez, essa vez, a única vez ...

Por isso cidade, em ti me acolhe
Em fim de dia sem noite avante
E se para me esquecer, não olhe
O homem de fraqueza bastante
Vã cidade, não contes a história
E nem de fracos
Nem mesmo de fortes
Guardes memória

Foto retirada daqui.

Um comentário:

Vitor disse...

E porque ando com problemas de dicção
Devido a uma incomodativa constipação
E porque me lembro de me teres dito em conversa de ocasião
O quanto te aflige
Uma faringite
E como tal, uma maleita em comunhão
Coisas do inverno em estação
Mas não perdeste enquanto tal, a inspiração
Para tão bem escrever
Assim como quem diz uma oração
Tal como quem tem o dever
De manter a informação
Não sendo poeta não
Não resisti à tentação
De dizer ao mundo
Que por aqui continua
Em mensagens, qual luta
Uma guerra santa
Usando-se como arma, a caneta e a escrita
E por assim peço desculpa por tão fraca inspiração
Mas era mesmo só, para te desejar rápida recuperação
Assim que a modos do popular Aleixo, a coisa saiu sem pensar, mas com intenção

…E já vai longa a conversa, mas mereces semelhante atenção
Pela homenagem que fazes ao "homeless" em questão

Abraço amigo