domingo, 12 de dezembro de 2010

joão

Guardamos nós coisas ? Coisas das pessoas ? Quer dizer, gestos ... sorrisos ... trejeitos ...? Aprendemos a lembrar alguém por momentos desse alguém, tornando a naturalidade dos seus movimentos numa espécie de DNA dele próprio, tornando-o ocupante de espaço único nas nossas memórias e ... quiçá espaço importante nas nossas vidas? Aprendemos a crescer com sorrisos sábios e alheios, que tornamos nossos porque neles nos tornamos melhores?
João sempre sorriu sereno, ensinando a transformar a vida dos nossos dias em dias da nossa vida. Escreveu e falou. E quando escrevia e falava dava-me a chance de o ler e ouvir. Ao lê-lo e ouvi-lo acrescentei sempre algo à minha vida. É uma sorte, uma fortuna, cruzarmo-nos com pessoas assim no nosso trajecto. Poder tê-las e guardá-las para sempre nos escritos que gravam na nossa vida.
Guardo-te João Fortuna. Levo-te comigo em gestos que aprendi no teu sorriso, no teu olhar convicto de que a vida se faz com verdade. Que sorte poder ler-te mil vezes mais. E olhando para dentro de mim, ver-te sorrir.
Um abraço deste miúdo a quem os teus abraços sempre souberam, sabem e saberão .. a coisas de vida !

Um comentário:

Vitor disse...

…Sim, por aqui me quedo sempre, e não me inibo de comentar, pela simples razão que este blogue faz parte da minha bibioteca, onde encontro sempre bons “livros” para ler…assim como quem tem amigos, como tu tinhas o João Fortuna, que não o dispensavas…assim são os amigos, não os dispensamos… João foste para o descanso eterno, deixando por cá o nosso João, teu e meu grande amigo.
…E sim, vou-te comentar sempre por estas e outras razões…às malvas os que acham estranho…não sabem o sentido em toda a sua plenitude das palavras AMIGO/AMIZADE…o João Fortuna sabia-o bem de ti!

…Que descanse em paz