sexta-feira, 18 de setembro de 2009
scorpio
O dia acabara de começar. No deserto nada de novo, nem a este nem a oeste, aliás como se disse, o dia acabara de começar e isso, até ver, era coisa de costume. No deserto, as pedras tinham por companhia cactos e calor, vazios e paisagens sem fim. Nada de novo portanto. Nem as histórias cantadas na noite trazida nos cachimbos dos beduínos. Noites frias diga-se. Como sói no deserto a desoras. Beduinos e noites frias. E tudo tão igual, assim a modos de ninguém surpreender. Tudo tão igual. Inacreditávelmente igual, quase estúpidamente igual. O escorpião espreitou as recônditas sombras que por ali constituiam coisa de assombro. Não eram dali, não seriam dali. E afinal eram. As sombras de sempre sem nada de novo. Que lhe interessava a ele, digno e pedipalpo, que assim fosse? O dia apenas acabara de começar. E isso, no deserto, era coisa de esperar !!! Como o frio. Da noite ....
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Um comentário:
Bem...estás com umas ganas de escrever, que nem dás tempo de reflectir sobre o post anterior…mas "dá-lhe", que estou por perto,e vou lendo!!!
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