Caiu a noite e avançou o tempo, foi-se o dia em bocados, chegou o cansaço de olhos de sono, de sono apenas, sem brilho ou busca, olhos simples e quietos. Parecera por ali existir um ruído de silêncio feito, uma impossível melodia de imagens, de gente, de toda a gente. E afinal não era nada, de especial ao menos, daquele especial que merecesse atenção, bocado de pensamento, tremor e viagem interior em corpo e alma, não era pois nada, sequer invulgar, apenas a cor e o som do fim ...
... de bocados
idos e tidos
de pecados
nunca vividos
... de caminhos
e coisas mais
de desalinhos
e vendavais
... e daquela liberdade
e de tão boa certeza
de vidas sem idade
e fins sem tristeza
... apenas e só o fim
de querer querer
e de querer crer
aqueles olhos assim
.. não era pois mais que isso trazido pela noite, aquela e a de antes, aquela e a de depois, chegado no mesmo vento de mar, na mesma luz de sóis e luas que se revezam em seu labor, de manter vivo tanto lugar. Onde começam e acabam, noites com gente sem gente !
segunda-feira, 5 de maio de 2008
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4 comentários:
E eis que o homem regressa: e em grande, caraças!
"chegado no mesmo vento de mar, na mesma luz de sóis e luas"
Humm a Qualidade mantêm-se bastante elevada!.
Deixo um café. Ainda é permitido fumar aqui?
Beijinho
Mónica
Vim ler-te um bocadinho.
Faz-me sempre bem.
B.Ju
Oi amigo Red!
Estes teus textos continuam deliciosos! olha, quando saí do comboio fui caminhando e encontrei um banquinho muito fixe para a malta estar à conversa. Agora deixei a música.
Estás por isso convidado a passar por lá e a voltar ao convivio!
Grande abraço
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