segunda-feira, 27 de outubro de 2008

meu deus como é bom morar ...




... por ali, naquela cor, naquela gente... que me faz saltar e gritar ... contar, vindo do céu ! Por entre um olhar parado e um olhar que não pára mais!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

underware .. ou um post do além !

Tudo corria como Deus queria, aparentemente assim era, de acordo com os trâmites, cânones e outros trejeitos naquele tipo de cerimónia. A manhã apresentava-se até com um quente inesperado para a altura do ano, mês de Outubro que corria. O cenário, de gentes com pouca cor, pretos e brancos eram o que mais se via, apenas se via arriscaria até. Os ciprestes, árvore que pela dificuldade na sua pronúncia fôra atirada para jardins de calma muita e movimento pouco, arrastavam-se em seus equilibrios de coisa alta em vento de choros. As paramentas do orador estavam de acordo com o estipulado, as escritas lidas eram as indicadas para o efeito, partida de pessoa, despedida geral, encomenda da alma ao criador. Chorara a viuva, trocados abraços, beijos sem sabor, memórias e outras histórias, com a chorosa mulher, seus entes mais queridos e chegados também. Nem os cigarros e piadas soltas, por entre desatenções da turba haviam faltado. Tudo corria como Deus queria pois então. Manuel, o ido, preparado, despedido do dia e seguintes, Manuel, o vestido por outrém por incapacidades próprias, em dia de não escolher nem barbear, tampouco jantar ou palpitar, Manuel homenageado pois então, lamentado em seu azar e prematura partida, por mais que para lá de setenta e muitos contasse, Manuel não deixava de sentir um pequeno nada fora do tom, assim como se que descuidada borra em pintura escura, pequeno pequenino nada que nem agora em seus poderes de investido fantasma, servo de Deus em terra dos homens, nem agora conseguia descortinar. Estavam as carpideiras, estavam sim, rezas e choras, gritadas com irrepreensíveis e arrastados ai's, os amigos por ali também, presentes os dignitários que dos e pelos desconhecidos entregavam em representado desinteresse o adeus final da comunidade que o tivera e guardara! Quisera o céu escurecer um pouco até naquele momento de caras a olhar para o lado por entre desassobios da alma, em que à terra o haviam devolvido, como se a terra o pedisse de volta, pois então! Manuel tudo abençoava em seu perfeito desenrolar. Apenas uma brisa, aquela brisa quente e de aromas húmidos, lhe estava dificil de encaixar em cerimónia que não abençoava de pé e que no entanto pedia meças a batizados, crismas, casórios e outras que tais por onde espalhara tardes e horas mortas. Manuel, finda a coisa e despachado de lugares onde opinar lhe dizia respeito, fechou por fim os olhos já fechados, resmungou um último senão ao pormenor que o deixara intrigado e morreu de vez!
Maria, insigne representante de coisa de maior ou menor interesse, deu-se por feliz ao ver acabada a jornada por luto alheio e gozado o regresso a vida sua, casa também. Atirou o vestido ao chão e deu ao corpo o duche pedido. Surpreendeu-se com a imagem de pouca roupa espalhada no chão, e perguntava-se enquanto se ensaboava por que raio não usara roupa interior naquele dia. Mais que desassossegar a alma alheia, deixara a sua em polvorosa. De onde partira, por onde germinara bizzara ideia aquela ? Púdica e respeitadora, tivera dia de tesão mor e oração não escutada. Corada, acabou o duche pensando em Manuel. Bendito fosse! E bendito foi .. Manuel !

domingo, 26 .. às 15,30 na fábrica braço de prata!




À venda em Lisboa nas Livrarias Bulhosa, Apolo 70 e no El Corte Inglês, em Carcavelos na livraria "Portuguesa, em S. Pedro do Estoril na papelaria junto à Estação, em Cascais na Feira do Livro no Stand J. Rodrigues e na Bulhosa do Cascais Vila, em Vila Franca... um pouco por todo o lado, e em todo o país e arredores através do joseceitil@gmail.com



Sejam Felizes

Falando, estando, rindo, ouvindo, perguntando, bebendo café & fumando ( não obrigatório! ).. à volta do Zé Ceitil e seu ensaio ' Sejam Felizes '.

Li, gostei, concordei e não, mas fundamentalmente dispus-me a ler e ouvir um Amigo que tive a sorte de encontrar no meu caminho. Mais velho por acaso, mais sábio por consequência.

Poderemos ser muitos ou poucos. Confesso que tal já me preocupou mais! Serão momentos e uma tarde bons na minha vida. Disso estou certo. Nas vossas também, espero !!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

private joke ....



... os toureiros não choram !!!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

fui gente !

Haverá muralha que valha
A esta canalha que malha
A quem calha criar palha
Que doce maralha encalha

Dá dó, apalpar, senti-la
Mole mole de cabeça pouca
Amen à corja, coça a pila
Em porra louca cabeça oca

Como se fosse quem trouxe
Iluminária de juntar água
Deus barato, aconchegou-se
Em caca de vidas sem mágoa

Prá fila, mãos de trabalho
Em dia de frio de agasalho
Na forja sem simples malho
Ninguém mandem para a pila

Porque é feio, não se diz
Talvez por detrás da noite
Porque este dia assim quis
Que quem pense tenha açoite

Mandar-te-ia sim pois então
Dos céus viesse inspiração
Assim escrevesse minha mão
Coisas de querer e pouco não

Na maralha valho
Na canalha malho
Que aqui encalho
Que trabalho ...
Que caralho..
Assim de repente
Bem a quente
Fui gente

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

em que palavras...

Em que palavras e vazias mentes
Vos esconderam tristes verdades
Em que lugares ou feridas gentes
Ganharam caminho as crueldades
E em dias de vontades dementes
De irrealizáveis e fracas caridades
Disputadas por todos os crentes
Em altares e deuses de vaidades

Era pois dantes e valia o verbo
E coisas assim de dentro e alma
Onde se era rei sem ser soberbo
Voavam pássaros em vida calma
Eram frias as noites, tal o medo
Das estrelas longinquas com luz
Sabia pois pai homem seu credo
De pústulas idas e vidas em pus

Porque morria assim o deus homem
Porque assim queria o homem deus
E escuros eram os céus sem vento
E repetido o sol em tanta oração
Vãs tais mãos que assim se tomem
Em véus que voam em bocados teus
E na verdade existisse o momento
De falha vida, de caminho sem mão

terça-feira, 7 de outubro de 2008

de última hora ...


... novas, são novas, como apregoavam os trazedores de novas da guerra ! A Islãndia faliu!! E agora ? Agora, devolve as casinhas verdes e hotéis encarnados que detinha, entrega as notinhas ao banqueiro e retira-se do jogo! Se por lá houver mutantes reais, tipo pessoas ... aí a coisa complica-se. Até porque, e como consta dos manuais de história de psicologia, bem como do Vidasimples Pensamentos Elevados .... são dados a partidas súbitas, rápidas e antes do tempo!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

de repente ...




De repente parece que roubaram o dinheiro todo do mundo. Quer dizer, ou roubaram ou fugiram com ele. Ou melhor, que se calhar, tanto isto e aquilo, mais que se investe neste e naquele papel, quem diz papel diz fundos, ou acções, diz stocks, de isto e de aquilo, talvez este e aquele plano, qualquer coisa camano, que de milhões faça biliões, triliões, talvez ziliões, tudo que acabe em ' ões ' e para quem tenha colhestículos. Um dia acordaram, e a casa estava que nem em dia de ressaca de selvagem 'rave' ... nada no lugar, pior que nada no lugar, alguém fizera desaparecer os ' zinquiliões ' de tanta cagança abastada. De fininho sairam os convidados anónimos, meteram o BM na garagem e a viola no saco. Os ricos, quer dizer, os ricos de ideias da banha da cobra, aprenderam a assobiar para o ar. A onda, melhor o tsunami, apontou à rocha. O mexilhão, o sempiterno mexilhão, viu arrepanharem-se-lhe os colhões, única coisa que tinha com aquela terminação, e soube que vinha dose de amor, foda em linguagem brejeira! Os pobres, os eternos pobres que ao Estado Constantino, guardador de vacas, sonhos e poupanças entregam suas crenças e haveres, até nem se importam que o ladrão ajude o ladrão roubado. Do todo o dinheiro do mundo que alguém roubou.
Robin dos Bosques coçou a cabeça ... confuso. Coçou também as bolas que acabam em ' ões ' ... zangado! Nós, bem nós amanhã cruzamo-nos com um qualquer engenheiro e reverencialmente damos os ' bons dias Doutor!'. O resto, bem o resto que se traduza em amor feito ... e que quem roubou o dinheiro confesse, já que quem roubou a vontade de se ser gente ... deve ter fugido para longe mesmo!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

cristo & três post-scriptum !!!

Militar na reserva condenado, com a pena de prisão efectiva suspensa porque a Lei prevê isto e aquilo, depois de ter violado a sobrinha neta, hoje coitada pessoa de destino nenhum, livros escolares esgotados e não distribuídos com quase um mês de escola decorrido, nazizecos com penas de sete anos e mais por posse de arma e incitamento à xenofobia, enquanto canalha que arromba, massacra, numa violência do ' vai tudo em frente ' fica sem preventiva porque a Lei assim o prevê também, ou porque são novos de mais, ou muitos ou isto ou aquilo, um juiz ali ao sitio de Viseu que, mesmo sabendo da tutoria legal de uma mãe belga que viu o marido fugir com as filhas para um País estranho ( dasssss, estranho mesmo !!!) onde as obrigou a mendigar nas ruas, não a deixa voltar a casa com elas sem autorização do pai .... que as raptou, um povo que se entretem num Benfica-Sporting de sobe e desce de gasolinas e que num dia de protesto não protesta porque ... não vale a pena, como se valesse de facto a pena, falar, pensar e respirar, um país que dá audiências a um programa onde por meia dúzia de patacas se abre o jogo às mais sórdidas e idiotas peripécias de zés ninguéns em busca do dinheiro do diabo, masturbando-se em repetições assombrosas de condenação nas mesas de café, num sitio feito país onde andamos há já um bom par de anitos a tentar perceber em que centenário número de sessão de julgamento se perdeu a vergonha de ter vergonha do abandono dos meninos da Casa Pia, onde comentamos e aplaudimos a celeridade dos espanhóis que nessa matéria cortaram a eito e lutam à séria para arrecadar predadores das criancinhas que andam na net, que são as de todos nós aliás ... num País assim ... estou tentado a ceder a dúvidas ecuménicas, pedir a Cristo desculpas por tantas vezes o excluir das minhas crenças e ... qual arrependido sem vergonha meter desde já uma cunha. Quando voltares Jesus, quando voltares, passa por favor por aqui. Não para que escolhas viver em Portugal por cruz tua, não para entregares a vida inteira .. mas para dares uma mãozinha apenas !

PS: Oiço o Telejornal e fico a saber que afinal a mãe pode levar as filhas. Cristo, Jesus meu amigo, não te sabia tão célere!

PS II: O Tribunal que suspendeu a pena do rapazinho que abre este post teve em conta o facto de não haver antecedentes criminais. Bonito, à primeira, mesmo violando uma sobrinha neta, os rapazes juízes dão um desconto. Ahhh ... e vai pagar dez mil euros à vítima ? Dez mil ? Por uma cabeça despedaçada, uma vida de esperança acabada ? Foda-se, acabou o stress da inflacção neste canto de Cucos ... a vida veio para preços de saldo !

PS III: Desculpem os ' foda-se' ... não sendo virgem na antecedência da coisa, sempre é melhor que ' caralho', para onde julguei ser lógico mandar certas coisas !!