Garcez amava aquele monstro, amava-o todos os dias em que o monstro lhe pegando o sentava em seu dorso, em que o roubava ao tamanho do mundo, lhe desenhava as curvas e as estradas sem fim, as de vida e de paisagem, lhe trazia a vertigem de todas as vidas de todas as pessoas, na bruta força da liberdade do tropel dos cavalos, de muitos, quase cem achava Garcez, quase cem, sentia cada toque seu, cada rugido mágico, grande o monstro que ganhara a uma lutadora de rua a paixão de seu olhar de menino, Garcez voltava a ser menino grande, subia mais alto, voava mais longe do que nos dias em que descobrira máquinas com asas, sorria sem fim, era menino grande, homem solto. Garcez amava o monstro e queria-o seu para sempre, que não se fugissem, jurassem eterno seu amor, de vermelho vivo como só na terra do fogo, aquele monstro era o seu fogo e ele seria o seu principe voador em todos os dias em que ele acordasse e quisesse voar como os homens ...
E compôs-lhe um poema de amor ...
De loucos os momentos
Uivos teus de magia
Correndo livres
Assim me queiras viver
Teu, tendo-te
Imensa
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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5 comentários:
mais um belíssimo texto! já começo a encontrar os elementos comuns ;))
Amigo,por aqui histórias tantas,a lembrar Eça...Queiroz!
Abraço
Di ... não encontres muitos... de repente tudo muda .. o género, estilo e assunto ... isn't freedom beauty ?
Vitor: deixa lá a medicação e o Eça .. o passarinho red tem asa de vôo curto! ;-)
...E eu não sei!;-)
lindo!!!
e sempre que se fala de amor ----- é monstruoso ...
gostei
bj
teresa
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