sexta-feira, 27 de julho de 2007

nunca pedimos !

Tantos são os fragmentos
De vidas gigantes em busca
De grandezas sem fim
Amarradas ao corpo
Ao frágil e assustado corpo
Num pequeno lugar preso

Sonhei ousar viajar
Onde apenas se mergulha
Em luta de vidas e seres
Puras e vãs loucuras
Doridas desilusões
De solidões e abandonos

E fracos homens e mulheres
De rebuscada erudição
Que de pouco e nada cuidam
Apenas sabem sem saber
O escondido sitio
De onde se foge dos cheiros

Não pedimos nunca
Não quisémos também
Estar por aqui, assim viver
Com esperança alguma
De em vida entender
Porque crianças fomos também

E nas fraquezas dos nadas
Em tantos vazios
Desconhecidos vazios
Conquistámos o lugar
Que tanto sonhaste pessoa
Da liberdade de não se ser

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