Nado o que sei, o que posso, o que tenho de ! Vejo-te praia, como te vi há tantos anos atrás, quero a ti voltar, não no tempo, mas para mim apenas ! Sei que te reencontrarei vazia, mas nado ainda assim, sabes que só tu me sabes, me conheces, me tiveste como ninguém ! Lembras-te de quando parti ? Nem eu sabia então o que era para ser, para não ser, tanta luta para te rever... e no entanto quebrada! Mas é minha a esperança ... de me voltar a aconchegar, em todo o teu cheiro longinquo, de maresia, de mistério ... de vida talvez !
E passam os dias, os tempos e as noites, tantas que contigo sonho, acordado até ! Porque sei que estarás lá... e me poderás ouvir... sentada como sempre fazias ! A abraçar-me como ninguém !
E não quero olhar para trás, não consigo sem perder as forças .... é para ti que nado, que caminho, que vivo a esperança de um dia poder perceber! E estou cansado por vezes, não me saias nunca da frente .... mantém aquela luzinha de noite , de dia também !
E sabes, como eu, que ficou lá longe ! O barco de tão distante partida! Tem gente ainda, sei que tem .... quatro náugrafos praia ... quatro. Éramos quantos? Seis ?
E por vezes, mesmo sem olhar, vejo-os, sinto-os, mudos e no mesmo lugar ! Será que me olham, que me viram partir ? De lá, daquele sitio onde tudo acabou sem começo?! O barco continua à tona .... talvez até que acabe a força ... aquela força mágica que tanta fúria de mar conseguiu ainda enfrentar ! E não quero ver o fim ! Não consigo esperá-lo!
Por isso nado ... para ti! Vazia ! Esperas ainda por mim ?
sexta-feira, 13 de julho de 2007
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Um comentário:
...miss u
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