Manuel pegou no corpo e saiu, cinco minutos o separavam de si, cinco minutos o trariam de volta a si, Manuel olhou o tempo como não fazia há muito, como se contasse sem passar, como se passasse apenas parado, Manuel não o via nem grande nem longe, nem ao tempo nem a ele Manuel, cinco minutos apenas, trinta anos apenas, passados sem contar, contados ao passar, do sabor dele mesmo, de Manuel ido e lembrado, de tempo tão passado, e o tempo passou, passaram os anos e os minutos, e tudo continuou, o passado ali a passar, em minutos mais que cinco, em anos apenas trinta. Fazia frio quando o tempo parava. Esquecia o tempo em que o frio ficava. Manuel. Trinta anos depois. Estás igual sabias? As mesmas sardas. Os mesmos olhos verdes. O tempo não passa.
Em cinco minutos!
quarta-feira, 10 de março de 2010
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