terça-feira, 17 de julho de 2007

estrada perdida !

E na doce tontura
Na lenta luxuria
Num vazio que perdura
Nessa fingida procura
Fingida incuria
Dura a minha loucura

Não ouço os gritos
Não vejo a dor
Falta-me o dar
Venero os mitos
Que num torpor
Pareço alcançar

Sei bem que minto
Que aprendi a viver
Numa loucura dormente
Sei que te sinto
Que um dia soube ver
Onde deixei de ser gente

Sofre na guerra
Na solidão de ser só
No abandono da vida
E de mesma e igual terra
Dizem que do mesmo pó
Se fez a estrada perdida

Um comentário:

Anônimo disse...

Não tenho palavras para comentar isto. Não tenho....tudo fica algures entre uma nuvem de pó numa estrada perdida, entre encruzilhadas de cores e retalhos de vida....

Que poema Red!