sábado, 3 de abril de 2010

glória

Dos dias que busco ...
Nos tempos que tenho ...
Que caminhos..
E que caminhos ...?
Me trazes ... deus perdido
Quase esquecido
A ti que nunca esqueci
Mulher, ainda menina

Glória, de glória eram os dias e o caminho, dela, eterna glória, as dúvidas também, as faces mil e uma, das pessoas e das vontades, dos braços abertos ao recebê-la e apertá-la, ao esmagar e apartá-la, frágil sim, perdida talvez, largada certa e insegura dos tempos em que o calor fazia os dias, em que sorrir era coisa de gente sem segredos ou fracos esconderijos, sem fugas ao tempo nem ao sabor dos beijos de paixão, sem medo do sol na hora de ir, do escuro das noites fechadas onde estar só, ser-se só, era destino. Eram de glória pois. De Glória também. Dela perdida num sorriso, gasta noutra mentira, querida sem alma, dada sem espaço, ida glória dos tempos em Glória sem tempo, sonhada glória de olhar seu sorriso e entender a meninice impossível em um velho mais, coisa cruzada nos passos corridos em lado de costume seu.

Um dia
Um dia páro...
Perderei o medo
De ter medo
Saberei o sabor
De um beijo que sorri
À glória
De querer apenas
Os dias que busco

Um comentário:

Anônimo disse...

Não irás pará...,não é a tua NATUREZA!!!!