e a 17 de julho escreveu-se neste canto :
estrada perdida !
E na doce tontura
Na lenta luxuria
Num vazio que perdura
Nessa fingida procura
Fingida incuria
Dura a minha loucura
Não ouço os gritos
Não vejo a dor
Falta-me o dar
Venero os mitos
Que num torpor
Pareço alcançar
Sei bem que minto
Que aprendi a viver
Numa loucura dormente
Sei que te sinto
Que um dia soube ver
Onde deixei de ser gente
Sofre na guerra
Na solidão de ser só
No abandono da vida
E de mesma e igual terra
Dizem que do mesmo pó
Se fez a estrada perdida
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
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6 comentários:
A demência que atormenta cada um de nós, escrita por quem melhor o sabe fazer... delicioso. A reler uma e outra e outra vez!
As estradas perdidas fazem parte da grande viagem da vida...
...encontra-te comigo numa dessas estradas...
Um beijo viajante...
E na doce tontura
Na lenta luxuria
Num vazio que perdura
Nessa fingida procura
Fingida incuria
Dura a minha loucura
Louca caminho pelas estradas
Louca vejo o invisível
E louca toco o intagível
Vivo o impossível.
Não há estradas perdidas
Enquanto me consigo encontrar
No teu respirar
E no som
de dois corações a palpitar...
Um beijo
~Em que estrada te perdeste??? Vá encontra-te rápido e volta!
Beijinhos grandes!
Voltei a perder-me em ti
a procurar letras tuas
a virar páginas,
como quem dobra esquinas de ruas
....m_ss y_u R_d....
Magnífico poema, mais um, já vi que a veia é mesmo artística!!! Don't stop writing!!!
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