Palavras esquecidas
Não vividas nem divididas
Somente nunca tidas
Rebentando como feridas
Indo-se sem ser lidas
Em frases delas despidas
E tanto e tão queridas
Ficaram palavras esquecidas
Vi pois que gritaste
Em janela de teu lugar
Grito rouco indignado
Em gestos de mão dormente
Quieto e mudo marchaste
Traído em teu olhar
Perdido mais um bocado
Do sitio onde eras gente
Palavras pois, palavras
Juntas em letras de acaso
Fujam de bocas fechadas
Conspirem em penas vivas
Tristes perdidas palavras
De tanta morte por atraso
De vontades ignoradas
Da vida de que nos privas
E de cabrão de fingimento
Em merda de assentimento
Foda-se, passou o momento
Em vulgaridades rebento
Repetido arrependimento
De escolhido esquecimento
Em avalanches de vidas
Sem vontades permitidas
sábado, 19 de janeiro de 2008
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11 comentários:
Vivências sem fingimento ou arrependimento.
Sonhos não totalmente encontrados.
Lutando por isso.
Gostei...
Mas o post de ontem foi especial.
Bjo
Vontades reprimidas são espinhos de rosas...
Um dia acorda-se e sente-se:
"Foda-se, passou o momento
Em vulgaridades rebento
Repetido arrependimento
De escolhido esquecimento
Em avalanches de vidas"...
E aí resta o perfume das palavras esquecidas... rebentando como feridas... num grito rouco em teu olhar.
Ai God,
Very Good!!
Tx!
Beijinho :)
Que cabrão de fingimento,
e em que merda de sentimento,
se pode dizer que escreves mal?
foda-se que és bestial!
red: não leves a mal, mas no segundo verso do poema não há por lá uma palavra esquisita? Ou sou eu que estou a ver mal?
Abraço.
Ganhámos ao Feirense, caraças! Ganda equipa :-(
Jan Jan,voltei para fazer uma alusão ao nosso S.L.B. (GLORIOSO).
EStou farto daquele treinador,
mete-lhe um cajado na mão,
e o homem pareçe um pastor.
Se ao menos houvesse uma borracha... mas agora só se usam correctores.
Abraço
P.S. Mas ainda há futebol neste pais?
CL: thanks pal .... esquisita sim, não estavas a ver mal ... mas soava-me tão bem ! ' Ridas ' ... que se guarde a coisa, afinal por ali viveu uns dias ...
tuga: afinal encontrou-se uma borracha !
isabel: guess we do...
M&M: um dia , continua-se o post de ontem .
mónica: indeed ...
vitor: obrigado !
Só mesmo tu para enfiar asneirada numa coisa destas... e ficar BONITO!!!
Palavras, palavras... leva-as o vento... mas as tuas ficam sempre.
BJO
?
No silêncio de palavras que nunca foram ditas, moram remorsos e arrependimento, vizinhos estranhos, são como as p. aliciam-te à entrada e se não te levem nada, também não te dão nada de ganho....
Envolvem-te em gritos inuteis do que não foi, podendo ter sido, e sais pela porta, a mesma, por onde estraste, cabisbaixo e mais arrependido...
Palavras, letras juntas ao acaso,
estas escolhidas a dedo, compostas em perfeito quadro, para te dizer apenas, em voz rouca de tanto gritar, que o único momento certo para te arrependeres....é quando já não puderes falar.
Enquanto a tua voz tiver força e as palavras fizerem sentido, gritá-las ao vento que as leve, e aguardar, serenamente, o ritual cumprido, que das palavras soltas se construam frases, e sorrisos entre olhares, e segredos em silêncio, escondidos das palavras, para não os contares.....
Não vou falar mais. As tuas palavras já eram perfeitas, em forma de grito violento, mas Red, já sabes, só há um momento válido, para arrependimento!
Beijo.
You're wellcome, red.
UAU: a lazy cat regressou!!!! E em forma;-), como sempre.
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