Haverá em dias de guerra
Timidos raios de sol ?
Saberá o sujo louco
Não estar só na caminhada ?
Pensarão os deuses da terra
Sua obra inacabada ?
Saberão todos os velhos
Que não há dias iguais ?
E em que caminhos se perde
O momento das coisas
Em que dias terão espreitado
Nossos bocados de vida?
Será escuro o mundo cego
Ou de palavras sabidas ?
Será misterioso segredo
A força de vidas sofridas ?
E penso que mais queria
Ler e ter grito perfeito
Rezar ao deus do dia
Oração vinda do peito
Na guerra velha o louco via
Mãos de deuses sem jeito
E mudo silêncio vivia
Timido raio de sol perfeito
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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8 comentários:
mas quando vem, como se costuma dizer, o raio, é para todos...
todos os que o souberem aproveitar...
Enquanto houver um tímido raio de sol, esse chegará para nos aquecer um pouco esta vida de guerra, de escuro, de insanidade...
Aqui há sempre um bocadinho de sol. ;)
Obrigada pelo comentário ao meu post.. ;) Não tenho muito jeito para "escrevinhices" daquelas... mas gostava de ter!
Beijo!
Belas perguntas, red. Belas perguntas...
Bom dia!
Este poema é uma "Ode" ao Sol...não é?
Belo "grito" de guerra à insatisfação e injustiça...
Que o Sol brilhe ainda com mais força no coração de quem precise!
:)
Está lindo!
Beijinho
Aqui escreve-se sol... que quentinho, que bom...
Beijo viajante.
Deixo-te raios de sol... Não perfeitos, isso não! Porque se o fossem não seriam meus.
Deixo-te as imperfeições, a divinal humanidade, as guerras perdidas e ganhas... porque é disso que se fazem as vidas.
Beijos cheios de vida! :)
E o Sol acaba sempre por espreitar!
Abraço
Brilhante e incomum forma de escrever. Andamos sempre à caça de mais perguntas e esquecemos muito, demasiado até de dar respostas.
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