E havia este homem, simples homem filho de deus, de deus sem nome
E a ele correram os homens, tantos homens, filhos de gente homem
E havia o sol, esse grande sol, como grande era o calor e sua cor
E a ele rezaram também os tementes, a ele choraram a vida os crentes
E girava a terra, começavam os dias, começavam as noites e estrelas
E tudo um dia acabou então, foram-se os deuses, as velas e os choros
E de tristeza se cobriram as vestes de purpura e as estrelas cairam
Perdoem gentes a confusão do templo, eram afinal vivos os vendilhões
Perdoem gentes o sangue perdido em rezas de sangue roubado e ferido
Que um dia venha deus a sua terra, que um dia possa ele a ti ajoelhar
E nos dias, nos olhos, nas mãos, no choro de um dia que nunca nasceu
Que nesse dia caia a cruz, se apague a vela, nasçam o homem e a mulher
E não se dê nome nem dono
Não se reze de passo incerto
Porque é na terra seu trono
De vida, amor e morte perto
sexta-feira, 25 de abril de 2008
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4 comentários:
"Os Deuses são Deuses/ Porque não se pensam" - Ricardo Reis
Um abraço, Red
Tudo é vivo quando é lembrado.
Tens um desafio à tua espera no I Blog Your Pardon
Não sei... mas há pessoas que precisam de um deus, mesmo que não exista. Apenas pelo conforto que simboliza.
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