Adormeço ao sol e deixo-me levar, quentinho sinto-me seguir por um infindo labirinto de quereres e desejos, de coisas e momentos, de viveres e sensações ! Não reconheço lugar algum, estranho o vazio de cheiros e pessoas, mas por ali me quedo com gosto, atrevo-me e sonho , apanho os sentidos da coisa nova que me brota de um sono sem governo, sem regra, medida ou restrição, tudo é como é, vive-se a verdade em boa verdade, talvez então o espanto .... A escuridão da noite traz consigo um frio que me desperta, levanto-me e como um autómato contrariado caminho para onde parei, busco os caminhos andados, as coisas não tidas, os sonhos nunca ensinados, busco-me a mim como me desejei e, incrédulo sinto-me cair no vazio, não chego a ter medo.... e tudo sinto apenas terminar num mergulho que não quis dar .... não no mar, em nenhum mar... numa panóplia apenas ... uma curiosa e repetida panóplia de repetidas desilusões !
- Bom dia Senhor, que faz por aqui? ... pergunta-me a criança com cara de criança .
- Nada de especial, tentava somente encontrar o caminho de saída...
- Deste descampado de sóis e noites?
- Não... deste mundo da gente grande !!!
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
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Um comentário:
Se encontrares o caminho, ensina-mo. Também gostava de sair deste mundo de gente grande.
Tenho saudades tuas mano, gostava de te ver.
Beijos
Gena
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