Olho bem para trás
E vejo-te e vejo-me
Quero, como sempre quis
Dizer-te, dizer-te apenas
Que soubeste estar lá
Onde sonhei poder ter-te
Num dia de vida
Num espaço meu que foi teu
Em algo que sempre assustou as gentes
As pessoas que viviam por perto dali
Por ali sem nos ver
Sem entender
Como posso eu dizer sem gritar
Recuar até lá sem chorar
Por aqueles minutos
Aquelas tardes
Aquelas vidas
Aqueles bocados de nós
Como poderei um dia aprender
A escrever sobre caras, corpos e mãos
Cheiros e vozes
Que nunca de aqui sairam
E que um dia voltam
E me fazem grande e pequeno
No meio de dentro de mim
Não quero nem me atrevo
A desenhar o coração
A pintar amores e amizades
Mas vou um dia descobrir
Vou um dia
Ter a coragem de vos levar
Se um dia tiver de ir
quinta-feira, 7 de junho de 2007
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Um comentário:
... gostei!
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