E o que foi que nasceu
Naquele dia vulgar
De banal chuva e vento ?
Bocados e mais bocados
De fracas e apagadas vontades
Como sonhos inacabados
Perdi-te o rosto e o nome
Senti-te como um fantasma
Dançando na noite fria
Esqueci-te as mãos e o peito
Pisei-te a memória esquecida
Já não há nada pela manhã
E nas apregoadas tormentas
Vindas no vento à tua mão
No impossivel anoitecer
Aprendi no escuro a cor da luz
Parti naquele dia banal
Para onde nos leva a chuva
Voando solta no tempo
Fantasma que dança a vida
Musica que não se ouve
Sem mãos que nada sentem
Com mãos que não agarram
Os sons que vivem no mar
domingo, 14 de outubro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
O que foi que nasceu?
Boa pergunta...
História de partida, de história mal acabada e mal resolvida... porque continua a sentir as mãos vazias e o coração um pouco cheio.
Estou aqui a divagar - o que sei eu destas coisas?
Um grande beijinho, bom domingo!
cati: apenas um dia.... das mãos de alguém , num lugar que talvez exista... o que sabemos nós das coisas ? O que as coisas sabem dizer-nos .... será ??
Que poema triste Red...
Espero que seja sobre outrém... ou só um poema da sentimentos que momentaneamente lhe atravessam a alma... que a dor não seja sentida por si!
But guess not!!!
sof: a beleza das coisas está em senti-las, vê-las e agarrá-las, tornar nosso o que os olhos vêem e as mãos teimam tocar! Fosse minha a tristeza e ainda assim feliz ficava ! As I told you once ... life can be so beatiful ! ;-)
Postar um comentário